17 de dezembro de 2013
Descobrindo Évora
Como eu disse lá no início dessa série de posts, se não fosse pelas dicas do José Guilherme, Évora provavelmente teria ficado fora do nosso roteiro.
Localizada a 135 Km de Lisboa, Évora é a capital da região do Alentejo e uma das maiores cidades do país. Monumentos megalíticos erquidos por povos neolíticos há mais de 7000 anos são encontrados na região, mas considera-se que a cidade foi fundada pelos romanos, por volta do século I a.C.
Pegamos o ônibus para Évora no Terminal Rodoviário Sete Rios, próximo à estação de metrô Jardim Zoológico. Partimos de Lisboa às 9h30, chegando à Rodoviária do Alentejo por volta das 11h15. De lá saímos a pé rumo ao centro histórico da cidade, e em menos de 10 minutos de caminhada já avistávamos a muralha medieval construída entre os séculos XIV e XV.
Pelo casario, Évora a princípio remete bastante a Ouro Preto e
Tiradentes. Entretanto, o que mais chamou a nossa atenção quando planejávamos a visita à cidade foi a existência das ruínas de um templo romano bem no meio do centro histórico.
Erguido por volta do século I, o Templo Romano de Évora fazia parte do forum e foi consagrado provavelmente ao culto imperial. Durante a Idade Média foi utilizado como açougue, e permaneceu como o principal ponto de distribuição de carne da cidade até 1836, quando os edifícios anexos ao templo foram demolidos.
Uma visita ao templo é rápida, mas obrigatória para quem gosta de História, como esse Casal Geek. Entretanto, somente o fato de estar de frente para aquelas colunas aparentemente frágeis com quase 2000 anos de existência já é mais do que o suficiente para colocar o Templo Romano de Évora em qualquer roteiro pela região.
Próximo à Praça do Giraldo e meio escondido na Rua dos Mercadores encontramos o restaurante A Choupana. Como já passava das 12h e a fome apertava, resolvemos dar uma parada ali para almoçar e descansar as pernas.
De entrada, pedimos uma porção dos tradicionais bolinhos de bacalhau. Talvez seja o jeito que se come lá, mas o fato é que eles vieram frios. Ou melhor: na temperatura ambiente. Só que eles estavam tão bons, que pedimos - ô, louco, meu! - outra porção. Para os pratos principais, ambos pedimos um Lombo com Presunto Pata Negra que também estava muito gostoso. Comida ogra alentejana que eu não veria problema em repetir.
Do restaurante voltamos ao templo romano para uma última visita, e seguimos rumo à Catedral de Évora, que ainda estava fechada para o horário de almoço. Como o tempo passava rápido e o nosso horário de retorno se aproximava, partimos em direção ao nosso destino seguinte, a famigerada Capela dos Ossos.
Quando chegamos à Igreja de São Francisco o tempo em Évora havia mudado completamente, com nuvens bem carregadas cobrindo o céu daquele início de tarde. Tentamos um passeio pelo Jardim Público de Évora enquanto esperávamos pela abertura da tenebrosa capela, mas a chuva nos pegou e o jeito foi voltar para baixo dos arcos centenários da igreja.
A chuva ainda caía quando a Capela dos Ossos foi reaberta. Construída no século XVII, a capela é um dos pontos mais famosos de Évora, pelas suas paredes e pilares decorados com ossos e crânios. Apesar disso, minha maior surpresa foi descobrir que a capela era menor do que eu esperava. De qualquer forma, o exterior acaba reservando uma característica bem mais sinistra, pois sobre a portal de entrada lê-se o aviso "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos".
- Ouvindo: alt-J - Tessellate
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