18 de abril de 2016

365 Vidas - Bad Mojo Redux


“Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregório Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto.”

A primeira vez que ouvi falar de Bad Mojo Redux foi em uma revista, ali por volta do Pré-Cambriano. O screenshot mostrava um rato preso – morto? – em uma ratoeira, mas a premissa parecia interessante: colocar o jogador no papel de uma barata.

O jogo, claramente inspirado no conto Metamorfose, de Franz Kafka, conta a história de Roger Samms, um entomologista ferrado na vida, que põe as mãos em uma grande quantia de dinheiro. Antes de fugir para o México, ele acaba transformado em uma barata quando toca um amuleto que pertenceu à sua mãe.

Bad Mojo Redux é um jogo típico da era CD-ROM, com vídeos digitalizados de atuações tocas e tudo mais. A mecânica baseia-se em navegar Roger, a barata, por cenários perigosos até que, provavelmente, ele volte a ser humano. A arte, na impressionante resolução de 640x480, tem uma pegada mais realista e, portanto, nojenta.

Por mais único que seja, por mais interessante que pareça sua premissa, Bad Mojo Redux tem um defeito grave para mim: seu visual bem desagradável, não só pelo fato do personagem principal ser uma barata, mas muito mais pelos locais nojentos nos quais que ela passeia. Tivesse o jogo uma cara mais cartunesca, provavelmente eu daria uma segunda chance.

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