19 de abril de 2017
Descobrindo Roma
Roma, a Cidade Eterna. Lar dos Césares e, no passado, o coração da civilização ocidental, a cidade foi fundada, reza a lenda, por Rômulo em 21 de Abril de 753 a.C., mas registros arqueológicos indicam que a área já era ocupada desde o Século X a.C., aproximadamente.
Passear por Roma é – vai soar clichê, mas é a mais pura verdade – como visitar um museu a céu aberto: basta caminhar, por exemplo, pela Corso Vittorio Emanuele II para dar de cara com as ruínas do Teatro di Pompeo no Largo di Torre Argentina, onde Júlio César foi assassinado; basta subir a Scala dell'Arce Capitolina para chegar à Piazza del Campidoglio projetada por Michelangelo; basta uma visita à Piazza Navona para apreciar a imponente Fontana dei Quattro Fiumi de autoria de Bernini.
Roma possui, atualmente, uma população de mais de 2 milhões de habitantes e recebe, anualmente, outros milhões – valor estimado entre 7 a 10 milhões! – de turistas que fazem dela a terceira cidade mais visitada do mundo, apesar de parecer que é a primeira, pois é virtualmente impossível caminhar por suas ruas e avenidas e não encontrar estrangeiros.
Para o bem e/ou para o mal, as invasões bárbaras continuam a todo vapor e, por conta desse grande volume de visitantes, é seguro dizer que Roma não é para amadores. Um turista mais despreparado até conseguirá visitar o Coliseu, por exemplo, mas antes enfrentará uma fila absurda que pode chegar a horas de espera apenas para comprar o ingresso.
Mas nem só de filas vive um turista em Roma. Em uma visita à Basilica di San Pietro in Vincoli, uma igreja de fachada bem monótona que abriga, acredita-se, as correntes que prenderam São Pedro, a enorme estátua de Moisés esculpida por Michelangelo para o túmulo do Papa Júlio II no início do Século XVI pode ser apreciada tranquilamente; na Chiesa di San Luigi dei Francesi, a uma curta distância da movimentada Piazza Navona e do abarrotado Panteão, o visitante pode conferir telas pintadas por Caravaggio entre 1599 e 1600.
Do alto do Vittoriano, em nossas primeiras horas em Roma, contemplamos a cidade do alto: o Coliseu a visitar, as ruínas do Foro Romano a percorrer, os domos do Panteão e da Basilica di San Pietro a contemplar com dor no pescoço e ainda assim querendo olhar pra cima. O roteiro estava traçado com a habituada obsessão que me cabe, mas a cidade, em suas ruas tortuosas e labirínticas, guardava seus segredos e surpresas.
Os dias, que de início pareciam muitos, foram rareando, deixando para trás o tradicional desejo de voltar. Se todos os caminhos levam a Roma, eu espero que eles não demorem a se cruzar com os nossos novamente.
- Ouvindo: Beirut - Postcards From Italy
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