15 de dezembro de 2011

Press Start - Star Wars: The Old Republic

Press Start - Star Wars: The Old Republic

Acredito que o primeiro RPG para videogame que joguei foi Miracle Warriors, do Master System. Era 1989, e aluguei o cartucho na locadora que ficava em frente ao colégio em que eu estudava. Algum tempo depois Phantasy Star foi porcamente traduzido para o português, e uma locadora perto da minha casa comprou uma cópia do jogo.

Como eu não conhecia nada da lógica de um "jogo de aventura", como eram então categorizados os RPG's, minha experiência nos dois jogos limitou-se a andar a esmo pelo mapa, matando (ou tentando matar) todos os monstros que apareciam pela frente. Afinal, era disso que se faziam os "jogos de aventura", não?

Anos depois, quando eu já sabia o que era RPG, consegui uma cópia de Ultima VI para o PC, e o que mais me chamou atenção no jogo foi a liberdade que ele te dava: se eu quisesse, poderia tentar (e nunca conseguir) assassinar o Lord British para tomar o poder e governar Britannia com mãos de ferro. Além disso, tudo que você fazia trazia conseqüências.

Passamos, eu e meus irmãos, tanto tempo explorando Britannia e os domínios do gárgulas, que no fim das contas a história original do jogo havia se perdido. Mas jogávamos, queira ou não, nossa própria história, e é disso que se faz um bom RPG.

Press Start - Star Wars: The Old Republic

Corta para 2011, e as inscrições para os testes beta de Star Wars: The Old Republic estavam abertas. Fã que sou de Star Wars e da Bioware (pelos seus excelentes Planescape: Torment, Neverwinter Nights, Star Wars: Knights of the Old Republic e Dragon Age: Origins), não pensei duas vezes antes de me cadastrar. Não sabia se minha máquina agüentaria o tranco, pois não a montei para jogos, mas essa seria uma boa oportunidade para saber qual é a desses MMO's, os quais não haviam ainda capturado o meu interesse.

Chegávamos quase ao fim de novembro, e eu nem me lembrava mais de que havia me inscrito para os testes beta do jogo, quando um email apareceu em minha caixa postal: "You Have Been Selected to Test STAR WARS: The Old Republic!"

Show de bola! Agora era só instalar o jogo para ver se essa bagaça era boa mesmo, e arrumar tempo pra jogar...

5 de dezembro de 2011

Press Start - The Secret of Monkey Island

"My name's Guybrush Threepwood, and I want to be a pirate!"
Eu nunca quis ser um pirata. A aventura, para um garoto da minha geração, estava no espaço, com batalhas sendo travadas entre grandes naus naves espaciais e bravos heróis brandindo suas espadas laser. Mal sabia eu que essas histórias já haviam sido contadas...

Apesar não querer ser um pirata, durante a Idade Média da computação pessoal no Brasil, era na pirataria que tínhamos contato com os jogos de PC, pois tudo era muito caro e de difícil acesso. Hoje, com as plataformas de distribuição digital como o Steam e o nacional Nuuvem, ninguém pode utilizar essa desculpa. Mas atire o primeiro disquete de 5"1/4 aquele que nunca copiou um jogo na vida.

Mesmo com a facilidade de se copiar um jogo, os mecanismos de proteção eram menos invasivos e até mesmo um pouco inocentes, pois bastava copiar também os códigos de proteção que os jogos estavam liberados. Isso, entretanto, não significava pouco trabalho: certa vez, o amigo de um colega meu copiou à mão cerca de quatro páginas com todos códigos de proteção do Indiana Jones and the Last Cruzade, já que estes códigos eram compostos por símbolos não reproduzíveis por caracteres normais.

Outro código de proteção trabalhoso de duplicar era o do The Secret of Monkey Island. Antes de iniciar o jogo você tinha que responder em que ano aconteceu um fato relacionado a um determinado pirata em uma das ilhas do Caribe. Para isso você utilizava o acessório Dial-A-Pirate, composto por dois discos através dos quais você formava o rosto do pirata mostrado na tela e obtinha a data para a ilha citada. Impossível de se xerocar sem a destruição do original, mas foi justamente através de uma cópia bem apagada destes discos que vivi pela primeira vez minhas aventuras na famigerada Monkey Island.

28 de novembro de 2011

Casal Geek Entrevista: Fábio Moon e Gabriel Bá


Qual foi o dia mais importante da sua vida? Quem está acostumado a pensar que histórias em quadrinhos se fazem apenas de seres superpoderosos ou patos falantes pode até estranhar, mas esse é um tipo de pergunta que marca o trabalho dos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá.

Detentores de vários prêmios, como um Jabuti pela adaptação de O Alienista e alguns Eisner, os irmãos começaram a publicar suas histórias no fanzine 10 Pãezinhos, que criaram em 1997 e teve 40 edições lançadas de forma independente, e atualmente produzem quadrinhos tanto para o mercado americano quanto para o nacional.

Seus trabalhos autorais já foram publicados também na França, Espanha e Itália, e o mais recente - Daytripper - foi lançado pelo selo Vertigo nos EUA e figurou na lista dos quadrinhos mais vendidos do The New York Times.

14 de novembro de 2011

FIQ 2011


O FIQ (Festival Internacional de Quadrinhos) é um evento bienal dedicado à nona arte, organizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura. A 7ª edição do festival ocorreu na última semana, entre os dias 9 e 13 de novembro, na Serraria Souza Pinto, e ofereceu uma programação gratuita com exposições, palestras, oficinas, bate-papos e sessões de autógrafos com artistas nacionais e internacionais.

Como acontece desde sua primeira edição, o FIQ homenageia um importante quadrinista brasileiro e um país cuja produção do gênero se destaque. Nesta edição os homenageados foram Maurício de Sousa, que também esteve no evento em 2009, para o lançamento de MSP 50, e a Coreia do Sul, representada pelos artistas convidados Hyung Min Woo (Priest) e Park Sang-sun (Tarot Café). Também presentes no evento estiveram vários convidados nacionais e internacionais como Jill Thompson (Sandman), Bill Sienkiewicz (Elektra: Assassina), Cyril Pedrosa (Três Sombras), Matt Fraction (Casanova), Fábio Moon e Gabriel Bá (Daytripper), Fernando Gonsales (Níquel Náusea), Rafael Coutinho (Cachalote), André Dahmer (Malvados), Mateus Santolouco (Vampiro Americano), Edu Medeiros (Mondo Urbano), entre muitos outros.

Diferente das edições anteriores, em que estivemos no evento apenas uma ou duas vezes, neste ano passamos pela Serraria Souza Pinto quase todos os dias. Isso não quer dizer, entretanto, que tenhamos assistido a todos os bate-papos ou participado de várias oficinas e coisa e tal. Pelo contrário. Até estivemos presentes em algumas sessões de autógrafos, como a da Jill Thompson e Bill Sienkiewicz, mas foi nos estandes dos quadrinistas independentes e na companhia dos novos e antigos amigos que passamos a maior parte do tempo.

16 de agosto de 2011

Jedicon MG 2011 - Nós fomos!


Há dois anos atrás, nesta mesma bat-galáxia, acontecia a primeira Jedicon MG. O evento, uma convenção voltada para os fãs de Star Wars, marcou o aniversário de 10 anos do CJMG (Conselho Jedi de Minas Gerais) e atraiu gente de todo o país, incluindo esse Casal Geek, que foi capturado pela receptividade e simpatia dos membros do fã-clube, e passou a fazer parte desse bando de malucos pelo universo criado por George Lucas.

28 de maio de 2011

Anime BH 2011


Acredito que o primeiro anime ao qual assisti foi Pirata do Espaço. Eu tinha uns 6 ou 7 anos, e me divertia com aquele robô gigante que atirava anéis de plasma ou qualquer outra coisa parecida em seus inimigos. Me divertia tanto, aliás, que uma das minhas brincadeiras era jogar argolas de plástico no meu irmão mais novo, simulando o ataque da nave/robô...

Ainda no mundo dos animes, quando criança também assisti ao incômodo - pelo menos pra mim - Don Drácula. Não lembro das histórias direito, mas o fato é que algumas me incomodavam, e muito. Passando aos tokusatsus, acompanhei Spectreman e, mais tarde, um pouco de Jaspion e Changeman. Havia também o Comando Estelar Flashman, mas esse conseguia ser pior do que os outros, na minha opinião.


Mais tarde chegaram a estrear muitos outros live actions japoneses, como Jiraya, Jiban, Kamen Raider e coisa e tal, mas eu já não me considerava mais tão criança para achar divertida aquela bizarrice toda. Os animes, pelo que me lembro, haviam sumido do mapa, com raras exceções, como Zillion.