10 de fevereiro de 2015

Press Start - Grand Theft Auto V

Press Start - Grand Theft Auto V

A primeira vez que ouvi falar de Grand Theft Auto (GTA) foi por volta de 1998, quando um dos meus cunhados conseguiu uma cópia do jogo. Por incrível que pareça, entretanto, foi a Fernanda que me apresentou Liberty City e sua vida de crimes.

O jogo era bem simples: você escolhia um personagem, e com ele completava uma série de missões que lhe garantiam pontos (dinheiro) para acessar os demais níveis, cada um correspondendo a uma cidade diferente: a já citada Liberty City, Vice City e San Andreas.

Anos mais tarde, quando meus irmãos começaram a jogar GTA: San Andreas, eu havia desenvolvido – sem saber como ou o porquê – um preconceito em relação à série de jogos. Isso só foi acabar com Red Dead Redemption, o excelente e obrigatório faroeste da Rockstar, que me deu ânimo para deixar de lado qualquer resistência e encarar, enfim, GTA III.

Apesar de trazer a ação para dentro de cenários até então vistos de cima, o grande mérito de GTA III, na minha opinião, foi dar um rosto e uma história para o personagem comandado pelo jogador. As missões eram (e ainda são) um pouco parecidas com as vistas nos jogos anteriores, mas havia um maior sentido em tudo.


Diferente de GTA III, que esperei mais de 10 anos para conhecer, eu comecei a jogar GTA V pouco mais de 1 ano após seu lançamento. Já sabendo do tamanho gigantesco do mapa, e com um perfil explorador que me levou a jogar Ultima VI por meses sem finalizá-lo, nas primeiras partidas me limitei apenas a rodar sem objetivo pelas ruas de Los Santos, para conhecer a cidade.

GTA V conta a história de Franklin, Michael e o insano Trevor. Os dois primeiros acabam se conhecendo quando Franklin tenta roubar o carro de Michael, mas após algum tempo ficam amigos e desenvolvem uma relação no estilo mestre e pupilo. Trevor é conhecido de Michael de longa data, mas acreditava que o amigo havia morrido após um assalto a banco na gelada Ludendorff, ocorrido há 9 anos.

Logo no início do jogo as eficientes mecânicas de combate e direção de veículos são apresentadas sem muita cerimônia, e dão uma ideia das insanas trocas de tiro e perseguições que virão por aí. As tradicionais missões de roubo de carros estão presentes, obviamente, mas em pouco tempo você está caçando criminosos rivais ou impedindo sua filha de contracenar em um filme pornô.


Como seus antecessores, GTA V é um jogo de mundo aberto. As missões principais podem ser seguidas de forma sequencial, mas não faltam side quests divertidas como ajudar um paparazzo ou dar carona para uma garota estranha que parece a versão feminina de Norman Bates. Fora isso, você pode passar horas jogando golf, assistindo TV ou simplesmente apreciando o por do sol enquanto dirige pelas estradas do litoral de Los Santos.

Um jogador médio leva por volta de 45 horas para terminar o jogo, incluindo as missões extras. Eu demorei algo em torno de 60 horas, porque dediquei boa parte do tempo a simplesmente vagar pelo mapa, tentando encontrar lugares interessantes ou pessoas bizarras. Um detalhe: ainda existem muitos – muitos mesmo – pontos pelos quais eu ainda não passei.

Disponível até então apenas nos consoles, GTA V chega aos PC's em março deste ano. Ainda é cedo para revisitar o jogo, mas passear por Los Santos e região é algo que eu ainda pretendo repetir.

Ouvindo: Sponge - Plowed