A imitação é a forma mais sincera de elogio.
- Charles Caleb
Life of Pixel tem uma história bem bobinha, até mesmo para os padrões dos platformers:
O pequeno Pixel – praticamente uma versão verde do Super Meat Boy, sem braços e pernas – estava cansado de ser mais um no meio da multidão, até que um dia encontrou o Museu do Videogame, um lugar de pura "alegria retrô", onde ele tem a possibilidade de conhecer mais sobre sua história.
Ou seja: apenas uma desculpa para uma coleção de fases que emulam a estética visual dos jogos para os consoles e computadores pessoais antigos, cobrindo um período que vai de 1977 a 1990.
São ao todo 13 sistemas homenageados: Sinclair ZX81, Atari 2600, Sinclair ZX Spectrum, BBC Micro, Amstrad CPC464, Commodore 64, Game Boy, NES, Super NES, Amiga 500, Apple II, Master System e Mega Drive.
Cada sistema compreende 8 fases, algumas delas fazendo referências explícitas (ou nem tanto) a jogos clássicos, mas a variação é apenas visual, com a jogabilidade idêntica em todas: saia pulando por aí para coletar uma quantidade específica de gemas e desbloquear o acesso à próxima fase. De vez em quando algum power up é liberado, mas eles são escassos e praticamente desnecessários na maioria dos casos.
Para complicar sua tarefa, alguns inimigos estão espalhados pelo cenário. Tomou dois hits, começa de novo, pois não há checkpoint ou poção de cura mesmo nas fases maiores. O mais difícil, entretanto, está em transpor os excessivos obstáculos do cenário com pulos perfeitos, muitos deles feitos às cegas, denotando um design de fases porco ou puro sadismo.
Apesar de ser bem repetitivo e até mesmo cruel – o jogo tem um contador de todas as vezes que você morreu – Life of Pixel consegue render boas horas de diversão para quem ainda tem alguma paciência para platformers, pois a única coisa que você faz é pular por aí. Os desenvolvedores só esqueceram de um detalhe: atualmente é muito mais fácil abandonar um jogo pelo cansaço e/ou frustração do que antigamente, já que as opções são muitas e bem mais acessíveis.
- Ouvindo: Cloud Nothings - Stay Useless