8 de junho de 2015

Press Start - Being Her Darkest Friend

Press Start - Being Her Darkest Friend

Sem saber onde está, ela caminha em direção a um par de olhos que brilham vermelhos em meio à escuridão. Assim ela encontra Tomoko, agora um espectro desprovido de cor, imóvel e silenciosa como uma escultura.

Longe dos pais, morando sozinha em uma cidade que não é a sua e desprezada pelos colegas arrogantes, ela precisa ajudar a amiga. Quem sabe assim ela fica livre da escuridão...


Being Her Darkest Friend é o segundo jogo desenvolvido pelo pequeno estúdio austríaco chronerion entertainment. O primeiro, A Fragment of Her, está mais para uma ficção interativa, como os próprios desenvolvedores o descrevem, e conta a história de Selina, uma jovem estudante de artes que tenta impressionar seu professor, o famoso Albert S. Seligmann, um homem arrogante, agressivo e detestável.

Como ficamos sabendo no primeiro "jogo", Selina sofre de pesadelos constantes, algo que ela consegue controlar através da arte. Em Being Her Darkest Friend mergulhamos em um desses pesadelos, e acompanhamos a jovem artista na busca de inspiração para criar sua obra prima. O tom é mais pesado do que antes, e o melhor: a história é menos previsível.


Diferente de A Fragment of Her, em que o jogador é praticamente um espectador da história que se desenrola, no segundo jogo a participação deste é mais ativa, apesar de ainda muito guiada. Os poucos puzzles são bem triviais, mas não muito lógicos, algo desculpável pela dinâmica caótica dos sonhos.

A arte emula o estilo visual pixelado das antigas aventuras gráficas da LucasArts, e a trilha sonora é praticamente inexistente, com intervenções pontuais para transmitir a angústia da personagem ou causar sustos que, mesmo antecipados, são impossíveis de evitar.


Apesar de curto, linear e pouco jogável, Being Her Darkest Friend é uma aventura gráfica que merece atenção pela pegada mais sombria e temática adulta. O melhor: é gratuito e pode ser baixado no site da chronerion entertainment.

- Ouvindo: Tame Impala - Apocalypse Dreams